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A mostrar mensagens de junho, 2019

AFINAL O QUE SE PASSA?

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Afinal o que se passa? 70% de abstenção e mais 7% de votos brancos e nulos são uma demonstração clara que a democracia em Portugal está doente e precisa urgentemente de um abanão. Como chegámos até aqui? Partilho o meu ponto de vista. Se a democracia é uma forma de exercício de poder representativo, ou seja, a totalidade de pessoas de uma comunidade delega o seu poder num grupo restrito de pessoas por um determinado tempo, em Portugal é um processo que entrou em falência. A explicação do fenómeno é, no meu ponto de vista, uma coisa parecida com a discussão do que é que surgiu primeiro, o ovo ou o pinto. A democracia em Portugal transformou-se numa partidocracia, em que são os dirigentes partidários que exercem o poder tendo-se desligado da vontade do povo que representam. Se os eleitores não se revêm nessa forma de exercício de poder desinteressam-se do processo. Também é verdade que hoje estamos genericamente afastados do hábito de pensar e de lutar pelo que achamos

A MOBILIDADE, PRIORIDADE OU MODA?

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A mobilidade tem estado no centro das atenções especialmente na zona da grande Lisboa onde o início de uma revolução foi efetuada ao mexer no preço e na tipologia dos passes sociais de transporte. A área metropolitana de Lisboa é um caos em termos de mobilidade. Movimentos pendulares diários dos concelhos periféricos para Lisboa envolvendo mais de 2 milhões de pessoas, feito em grande medida de carro, tem custos brutais para a economia, a qualidade de vida dos munícipes e a qualidade ambiental. É verdade que as opções tomadas nos idos anos 90 de desinvestir no caminho de ferro e investir na rodovia, ao ponto de hoje sermos apontados como um dos países europeus com melhor sistema rodoviário, foi uma péssima opção que hoje todos pagamos. Pagamos nas filas intermináveis de carros para e de Lisboa, pagamos a dependência do carro e do elevado custo dos combustíveis, pagamos com um contributo negativo para a qualidade ambiental nas áreas metropolitanas com a emissão de gases c

AFINAL A GROSSURA IMPORTA?

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O post no Facebook colocado pelo Senhor Presidente da Câmara de Cascais em relação ao cordão humano realizado no passado domingo em defesa da preservação da mata da Quinta dos Ingleses em Carcavelos leva-me a acreditar que para Carlos Carreiras há uma manifesta dúvida existencial. https://www.facebook.com/CarlosCarreiras/posts/2148932788547005?__tn__=K-R Segundo a ideia exposta pelo Presidente da CMC o cordão anunciado pelos organizadores não passou de “ um cordel de menos de uma centena de pessoas que nem conseguiam preencher um dos lados da referida quinta ”. Mas afinal é um problema de grossura ou de comprimento? É que uma coisa é a diferença de grossura entre um cordão e um cordel outra, bem diferente, é o comprimento que um e outro possam ter… Para Carlos Carreiras, afinal, é importante ser grosso e comprido e, caro leitor, gostos não se discutem. Mas política, ordenamento do território, a preservação ambiental, devem ser discutidos. Sem argumentos grosseiros, s