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A mostrar mensagens de 2010

Quem Cala...

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Fui recentemente visitado por uma brigada da Polícia Judiciária para me colocarem algumas perguntas sobre o meu post neste Blog, Pensar Mais Cascais, relativo à venda da Tratospital. Pelo que me explicaram, teria sido feita uma denúncia anónima, com base no meu texto, sobre uma eventual marosca existente na venda da empresa. Tive a oportunidade de lhes referir que se houve ou não “habilidades” com a venda desconheço, bem como os putativos autores da mesma, caso tenha existido. Que se tratou de um atentado social e demonstrou a que nível rasteiro chegou o mundo dos negócios, para mim não existe qualquer dúvida. Pelo que sei, uma boa parte dos funcionários despedidos estão no desemprego. Ainda. Na conversa com a Brigada da Polícia Judiciária, o tema foi, claro está, o crime económico e a quantidade exorbitante de motivos de investigação. A dada altura coloquei uma questão, que aproveito para partilhar convosco e que é a seguinte: Porque é que tem que ser a Justiça Portuguesa a fazer p

REESTRUTURAÇÃO DO UNIVERSO EMPRESARIAL MUNICIPAL

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Julgo interessante, e transparente, reproduzir o estudo que a CMC terá aprovado para reestruturar o universo Empresarial Municipal. A. OS MUNICÍPIOS EM 2008 (desconcentração e “grupos municipais”) A tendência de reforma do sector público no sentido de impor critérios de eficiência, implicou um conjunto de importantes reconfigurações nas formas organizacionais de prestação de serviços. Um dos aspectos mais salientes dessa tendência foi a transferência da prestação de bens e serviços para outras entidades do sector público. Isto também se verificou ao nível da administração local. Em 1998 foi aprovada a primeira legislação do sector empresarial local, incluindo a possibilidade de criação de empresas intermunicipais. O actual quadro legal de 2006 inclui as empresas municipais, intermunicipais e metropolitanas no sector empresarial local. Neste contexto, dada a profusão de actividades autárquicas transferidas para o sector empresarial de capitais públicos, em 2008 (últimos dad

Orçamento da CMC prevê reestruturação de empresas municipais

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Ontem assisti no Pavilhão de Congressos do Estoril à apresentação do Orçamento Municipal de Cascais para 2011. Confesso o meu desapontamento quanto à forma e acima de tudo quanto ao conteúdo. Muita gente de pé, alguns jornalistas, muitos técnicos e quadros municipais, e alguns dirigentes de entidades diversas como colectividades, escolas ou IPSS, marcaram presença mas, estou convicto que não fui o único a sair dali com a sensação de que o convite que recebi para estar presente merecia mais informação e menos história. Vivemos momentos em que, sem qualquer tipo de excesso ou falso alarme estamos no limiar do fim da terceira república . As pessoas cansaram dos maus exemplos com que diariamente são brindados pela classe política, da incompetência, mas, e muito acima de tudo, de falta de verdade com que os assuntos são apresentados aos cidadãos. Quem assistiu àquela sessão ficou a saber que em termos históricos houve uma evolução negativa da dependência do orçamento da CMC da construção,

Responsabilidade Social e Sustentabilidade – Entre o dizer e o fazer tudo pode acontecer!

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Em 2002, quando, a convite de António Capucho , voltei a integrar o Conselho de Administração da Tratolixo, uma das minhas primeiras tarefas foi assumir a gerência da empresa Tratospital – Tratamento de Resíduos Hospitalares Lda. Esta empresa, criada em 1997 pela Tratolixo, em parceria com a IPODEC, atravessava na altura algumas dificuldades, tinha um passivo de cerca de 400.000 €, mas era um projecto que merecia um esforço de reorganização e recuperação económica. Com uma política comercial mais agressiva, com a reestruturação da estrutura de produção, com a beneficiação e ampliação das instalações de tratamento, conseguiu-se recuperar a empresa e passá-la para um patamar de rentabilidade e recuperação do passivo. Em 2007, a AMTRES, enquanto accionista da Tratolixo, deliberou alienar a participação de 51% que detinha na Tratospital. Em finais de 2008 foi negociado com a IPODEC a venda dessa participação por cerca de 400.000 €. A IPODEC, agora grupo EGEO, dividiu este inves

RESÍDUOS: FISCALIZAR E… MAIS QUALQUER COISA!

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Ontem estive no GreenFest a assistir às Conferências EMAC. Gostei da comunicação apresentada por Rui Libório , sobre o tema Gestão da Urbe. O Moderador, durante a apresentação dos oradores, resolveu banir-me da história da EMAC ao apresentar Rui Libório como o Presidente do Conselho de Administração da EMAC desde a sua criação. Não faz mal. Algum funcionário mais zeloso ou uma simplificação de semântica não consegue abalar o orgulho que continuo a ter pela minha passagem por aquela empresa na sua fase de concepção, montagem da estrutura e arranque de operação em finais de 2005, em situação tão dificil. Mas regressando à comunicação de Rui Libório ela encerrava um paradigma dos tempos modernos e muito acertivo no que a Cascais respeita. Habituámo-nos a viver numa sociedade onde os cidadãos só têm direitos e não têm deveres nenhuns. Em Cascais, onde a fasquia da qualidade atingida ao nível dos serviços ligados à limpeza urbana e à recolha de resíduos é já muito elevada

Cultura e Educação em Cascais – Uma imagem de marca!

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Estamos habituados a “puxar da caneta” para escrever mal de alguém, de alguma coisa. Está-nos no sangue, no código genético. Já alinhavar algumas linhas para dizer bem, para elogiar algo ou alguém, já é um processo mais dificil e menos natural. O meu último post foi orientado para a área da educação e volto hoje ao assunto para homenagear de forma verdadeira e sentida aquela que porventura será a melhor vereadora dos Pelouros da Educação e da Cultura que alguma vez passou pela Câmara Municipal de Cascais – Ana Clara Justino. Julgo poder fazê-lo com propriedade até porque eu próprio detive essas responsabilidades entre 1986 e 1993, se bem que com intervalos. Eram tempos diferentes, as estruturas eram quase inexistentes bem como os recursos financeiros e os recursos humanos afectos. Mas, confesso, quando surgiu o nome de Ana Clara Justino como uma aposta pessoal de António Capucho para a lista autárquica em 2002, uma independente que ninguém no PSD conhecia, tive muitas