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COMO UMA BOA IDEIA PODE DAR TÃO MAU RESULTADO!

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  Volto ao Orçamento Participativo em Cascais para tentar discutir o que poderia ser e o que afinal é. Mais uma vez, salvo um projeto de passeios numa rua na Freguesia de S. Domingos de Rana e um parque infantil e um jardim em Abóboda os restantes projetos são outra vez investimentos propostos em escolas, corporações de bombeiros e coletividades. Não se entende. Não se entende que uma ideia bonita de reativar a participação dos cidadãos no município onde vivem se transforme numa competição entre várias corporações de bombeiros, várias escolas e várias coletividades! A Câmara Municipal de Cascais, que deveria ter uma ideia clara sobre a valia das pretensões destas coletividades e associações, chuta para uma espécie de concurso para ver quem tem mais votos. Se a cozinha da escola A tiver mais votos do que a remoção do amianto da escola B, azar para os alunos e os familiares da escola B que vão respirar umas fibras cancerígenas pelo menos mais um ano! É triste, que um cid

AFINAL PARA QUE SERVE UMA JUNTA DE FREGUESIA?

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Tenho ideias próprias sobre este assunto que me acompanham há algumas dezenas de anos sem grandes alterações. Gosto do conceito de freguesia, da proximidade das populações, de existir uma amplificação da voz do munícipe, da auscultação da sua vontade, da representação de raiz mais local no governo do município. Já tive o privilégio de estar numa câmara municipal como vereador, em Cascais, e lidar com gerações mais antigas de Presidentes de Junta que representavam cabalmente esta ideia de representação dos fregueses e de lhes dar voz junto do executivo da Câmara. Óscar Guimarães em Cascais, Vitor Silva em S. Domingos de Rana, Fernando Mesquita em Carcavelos, uns do mesmo Partido de que eu fazia parte, outros de Partidos da oposição, não se lhes notava diferença na forma como defendiam os interesses dos seus fregueses junto da Câmara. E percebia-se com clareza que para eles, primeiro estavam os fregueses e depois a filiação partidária! Mais tarde, no mandato autárquico

GERIR SERVIÇO PUBLICO NÃO É ISTO!

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Lixo em Carcavelos   As queixas vão aparecendo, algumas com forte veemência dos munícipes, acerca da recolha de resíduos, da limpeza urbana e da falta de qualidade do serviço prestado pelas empresas ou serviços municipais na zona da grande Lisboa. Sintra é um foco, especialmente na zona mais rural, que já mereceu até reportagem televisiva.   https://www.youtube.com/watch?v=Zst5EvqiNLc Oeiras é, de há uns anos a esta parte, um exemplo de como é possível estragar um serviço municipal que já foi um exemplo nacional nos anos noventa! Cascais, que criou a sua empresa Cascais Ambiente em finais de 2005, e a que tive a honra de estar ligado à sua criação e organização dos serviços presidindo ao seu conselho de administração inicial, foi um exemplo de excelência durante uma década, mas começa agora a apresentar sinais de desnorte e de falta de sintonia com os objetivos essenciais que uma empresa deste tipo deve atingir: servir bem os seus munícipes na busca de uma cada vez

A LEI É PARA CUMPRIR OU HÁ EXCEPÇÕES?

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Por vezes pergunto-me se ainda haverá esperança para a sociedade portuguesa. Enraizou-se de tal forma o hábito de não ligarmos ao que nos rodeia, não ligarmos aos outros, não pensarmos no todo, na comunidade, que permitimos que os “espertos” ocupem lugares chave na sociedade e nos conduzam à condição de súbditos, de escravos da pouca vergonha. Sempre entendi que um Partido Político tem que ser uma entidade de bem , tem que defender um modelo claro de sociedade, de soluções para os problemas da comunidade, das pessoas, do território, do país. Sempre entendi que um Partido Político não é uma coisa abstrata , é o espelho das pessoas que nele militam e especialmente dos que ocupam lugares dirigentes. Sempre entendi que os dirigentes políticos dos Partidos Políticos têm que ser pessoas de bem , sérios, com pensamento político claro e bem explicado à comunidade que é chamada a acreditar neles e a votar nos diversos processos eleitorais. Algum dos meus leitores tem lembrança da

CASCAIS CONTINUA A METER ÁGUA NA POLÍTICA AMBIENTAL

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A questão da reutilização e da reciclagem dos materiais continua a estar na ordem do dia. Desde 2003 que venho defendendo uma teoria sobre esta matéria. Na Tratolixo trabalhei com outros técnicos um Plano de intervenção para esta área, começámos a testá-lo nos quatro concelhos do universo Tratolixo, Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, com sucesso, mas foi abruptamente interrompido por pressão de Carlos Carreiras. http://notasdeambiene.blogspot.com/ A recente notícia da Câmara Municipal de Cascais em que anunciou a “proibição” de utilização de garrafas de plástico para a água fornecendo a todos os colaboradores uma garrafa de vidro ou um cantil para reenchimento deixou-me perplexo perante a desfaçatez a que se pode chegar na utilização do marketing na política. https://www.cascais.pt/noticia/camara-de-cascais-acaba-com-consumo-de-agua-em-garrafas-de-plastico Dão-nos até a medida de dois Faróis de Santa Marta para encher por ano com garrafas de plástico que se deixam de uti

CASCAIS, O POPULISMO E A ABSTENÇÃO

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A leitura desta notícia deixa-me ao mesmo tempo espantado, preocupado e á beira de um ataque de riso. https://www.cmjornal.pt/cm-ao-minuto/detalhe/think-tank-portugal-talks-faz-estudo-sobre-abstencao-em-portugal Ver Miguel Pinto Luz participar ativamente nesta discussão, com aquele ar de “vamos lá arregaçar as mangas e resolver isto” provoca-me este estado entrópico de sentimentos contraditórios que não resisto a comentar. Miguel Pinto Luz é um fiel seguidor (e provavelmente mentor) do que pior se tem feito na política, caminhando a passos largos para fazer falir a democracia e o que ela deveria representar de participação ativa e consciente da população, personificado pela ação de um trio de autarcas em Cascais, um líder, Carlos Carreiras, um “Think thank” Miguel Pinto Luz e um carregador de pianos e de sacos de cimento, Nuno Piteira. Este trio tem os papeis do faz de conta bem determinados: Carreiras faz de conta que manda, Pinto Luz faz de conta que pensa e Piteira fa

EM CASCAIS, EM PRIMEIRO AS “TRENDS”

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Cascais segue definitivamente um caminho de costas voltadas para os seus munícipes. As políticas implementadas por Carlos Carreiras e o seu executivo demonstram um total desprezo pelos residentes no concelho adotando medidas que visam apenas o reconhecimento nacional, a inclusão nas últimas tendências, o reconhecimento e aplauso dos opinion makers . Cumprir aquele que deveria ser o primeiro objetivo de uma Câmara, que é zelar pelos interesses dos seus munícipes, daqueles que “pagam as festas” com os seus impostos, aparece em último lugar nas prioridades desta Câmara. A exceção abre-se apenas a seis meses do período eleitoral onde não há ciclovia, jardim ou passeio que não seja remexido à pressa como postal para guardar no dia das eleições autárquicas!... Isto é possível porque os tempos que correm permitem conjugar a falta de escrúpulos da equipa que dirige os destinos do executivo social democrata em Cascais com a apatia, a falta de escrutínio instalado no povo português,