EM CASCAIS, EM PRIMEIRO AS “TRENDS”
Cascais segue definitivamente um caminho de costas
voltadas para os seus munícipes.
As políticas implementadas por Carlos Carreiras e o seu
executivo demonstram um total desprezo pelos residentes no concelho adotando
medidas que visam apenas o reconhecimento nacional, a inclusão nas últimas
tendências, o reconhecimento e aplauso dos opinion
makers.
Cumprir aquele que deveria ser o primeiro objetivo de uma
Câmara, que é zelar pelos interesses dos seus munícipes, daqueles que “pagam as
festas” com os seus impostos, aparece em último lugar nas prioridades desta
Câmara. A exceção abre-se apenas a seis meses do período eleitoral onde não há
ciclovia, jardim ou passeio que não seja remexido à pressa como postal para
guardar no dia das eleições autárquicas!...
Isto é possível porque
os tempos que correm permitem conjugar a falta de escrúpulos da equipa que
dirige os destinos do executivo social democrata em Cascais com a apatia, a
falta de escrutínio instalado no povo português, e também na população de
Cascais.
As pessoas desistiram de se indignar.
Os exemplos são inúmeros mas uma reunião que tive esta
semana á noite em Parede que me obrigou a perder 20 minutos da minha vida para
conseguir estacionar o meu carro sem importunar a circulação viária, embora em
local passível de ser multado (duas rodas em cima do passeio e a impedir o
acesso fácil ao ecoponto) relembrou-me o assunto estacionamento.
A política desenvolvida
por Carreiras nesta matéria é simples: se há pouco estacionamento vamos taxá-lo
com parquímetros, a procura é grande a oferta é pouca, dinheiro em caixa!
As tendências modernas aconselham (e bem!) que se cuide
das acessibilidades e da mobilidade das pessoas com deficiência pelo que então
vamos restringir a utilização dos passeios com ocupação de carros, colocando
pilaretes. Medida correta na preservação dos direitos e das condições de vida
para as pessoas com mobilidade reduzida mas que implica uma ainda maior redução
de lugares de estacionamento disponíveis.
Perguntas que se podem colocar:
·
Os
detentores de viatura própria não têm direito a ter estacionamento nas
proximidades das suas residências, em número suficiente para as suas viaturas e
eventualmente algum visitante?
·
O
IMI que pagamos não nos dá direito a ter estacionamento suficiente para a nossa
residência?
·
O
IUC que pagamos da nossa viatura também não nos garante o direito a termos
estacionamento em quantidade suficiente quando nos deslocamos na urbe?
·
De
quem é a responsabilidade de garantir o adequado ordenamento do território?
·
De
quem é a responsabilidade do licenciamento das habitações e dos edifícios de
comércio e serviços?
Este é o meu ponto.
A Câmara, o executivo da Câmara é responsável por dar
resposta a esta carência!
No passado licenciaram-se fogos com poucos ou nenhuns
lugares de estacionamento, hoje a população tem maior número de viaturas
próprias e portanto maior necessidade de lugares de estacionamento, duas
verdades indesmentíveis.

Em Cascais, tudo isto é gerido ao contrário. Colocam-se
parquímetros nas praias, nas zonas residenciais e claro nos centros das
localidades de Cascais.
Experimentem ir à Parede
com viatura própria e depois contem-me o resultado! Mas vão com tempo, porque
vão precisar de muito!
O estacionamento é um direito da população. Se não há
suficiente estacionamento para a procura é à Câmara Municipal que compete
encontrar soluções.
Criem-se silos automóveis nos centros das localidades, ou
parques de estacionamento nas periferias e crie-se sistemas de mobilidade.
Mas não arranjem mais soluções tipo Mobicascais. Auscultem
primeiro as pessoas, o que estão disponíveis para utilizar e em que condições.
Autocarros e minibus a circular vazios no concelho de
Cascais já temos em excesso!...
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