LOW LEVEL

“Low level” para ser à moda de Cascais ou, para os que ainda não
incorporaram o estilo, nível baixo, nível mesmo muito rasteiro, é o que tem de
comum o trio que efetivamente manda nos destinos de Cascais.
Mandar é uma forma de expressão. Quem manda nisto tudo
precisa sempre de fieis executores que não se importem de fazer de conta. Este
é claramente o papel desempenhado por Carlos Carreiras, Miguel Pinto Luz e Nuno
Piteira.
Carlos Carreiras está em fim de ciclo. Não o afirmo pelas
sucessivas demonstrações de que tem que sair por razões de saúde, mas porque as
suas decisões na Câmara assim o demonstram.
A tentativa de “fraude administrativa” com o PDM que a
queixa apresentada por João Sande e Castro no Ministério Público obrigou
Carreiras a fazer marcha atrás, a aprovação do Plano de Pormenor Sul de
Carcavelos, a aprovação do empreendimento no Jumbo à entrada de Cascais, o
empreendimento na Praça de Touros de Cascais, a Legrand em Carcavelos, é a
clara demonstração da “pressa em ir ao pote” que a seguir “quero ir embora
tratar da minha vidinha”.
Vejam quem está por detrás destes projetos e logo percebem
quem manda, de fato, em Cascais!
Miguel Pinto Luz é o ideólogo dos três, mas tem uma ambição
desmedida e Cascais tem fronteiras estreitas para o seu desmesurado ego.
Enquanto “não estão reunidas as condições para se
candidatar à Presidência dos EUA” vai-se candidatando à Presidência do PSD.
Cascais só fará parte do seu futuro se nada mais aparecer,
entretanto.
Nuno Piteira, agora promovido a Vereador do Urbanismo (que
Deus tenha piedade do pessoal de Cascais!) é um paradigma de difícil
compreensão. Enquanto Carreiras é um espertalhaço e Miguel Pinto Luz um
iluminado cheio de ideias, Nuno não se lhe conhece qualidade evidente e, talvez
por isso, o seu lugar no trio se mantenha inquestionável.
Já basta dois com opiniões, quanto mais três!...
Não se pense que só têm defeitos!
Carreiras é um obstinado para atingir os objetivos que se
propõe, Pinto Luz é uma lufada de ar fresco a pensar o futuro e a incorporação
da tecnologia no nosso dia a dia e Nuno Piteira não se importa de pôr em
prática o que lhe mandarem sem perguntas ou dúvidas pertinentes.
Mas falta nos três uma caraterística que, no meu ponto de
vista, devia ser a primeira, a mais importante, e neles é completamente
inexistente – COLOCAR EM PRIMEIRO
LUGAR OS INTERESSES E A VONTADE DOS MUNÍCIPES DE CASCAIS!
Para Carreiras, Pinto Luz e Piteira o munícipe não
interessa, exceto na altura em que precisam do seu voto para legitimarem a sua
continuidade em Cascais.
As suas principais decisões, são todas elas, baseadas em
outros interesses que não os dos munícipes.
O projeto á entrada de Cascais nos terrenos do Jumbo
interessa aos munícipes de Cascais? Vão poder entrar em Cascais com uma nova
solução de trânsito? As novas habitações vão resolver algum problema aos nossos
filhos que gostavam de continuar a viver em Cascais? Vai haver mais
estacionamento naquela zona e, já agora, gratuito?
Não, não, não e não!
Há um empresário que vai faturar uns milhões, há um
conjunto de vistos gold que vão comprar apartamentos a preços pornográficos, e
alguém que autorizou esta vergonha vai ficar bem visto…
Tem tantas semelhanças com o que se passou no fim de festa
de José Luís Judas e a lista do PS que mandou em Cascais no final dos anos
noventa que até assusta!
Cascais voltou ao baixo nível, ou parafraseando Pinto Luz,
“Low Level”.
(publicado em "Cascais 24")
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