TEM CARREIRAS CONDIÇÕES PARA PRESIDIR A UMA CÂMARA?



Pelo que tenho vindo a defender em relação a Carlos Carreiras fácil será conhecerem a resposta que tenho para esta pergunta.
Claro que é um rotundo e peremptório NÃO!
Mas permitam-me que explique porquê.
Carlos Carreiras, em cima do rescaldo do incêndio que deflagrou no edifício Cascais Atrium apressou-se a vir disponibilizar a criação de um gabinete de apoio aos desalojados deste edifício.
É mais um exemplo da forma como funciona a cabeça deste senhor autarca: na presença de televisões veio a correr mostrar uma disponibilidade, que desconfia nem ser necessária, mas mostra uma capacidade imediata de combate a um problema que surge.
Estamos a falar de um edifício habitado por gente com boa capacidade financeira que não precisará de ajuda para alugar um quarto de hotel.
Mas, porque não há Televisões para as famílias efectivamente carenciadas do concelho, como a situação que tem sido denunciada por Rui Branquinho, uma família que vive há mais de um ano numa tenda em Alcabideche não teve ainda qualquer tipo de intervenção pelo tão “dedicado” Presidente de Câmara!



Nem gabinete de apoio, nem sequer um gabinete onde a família pudesse viver com os filhos!...
Mas o que aconteceu no Cascais Atrium deveria ter levado um autarca capaz, um autarca competente e acima de tudo um autarca com a consciência de que está naquele lugar para defender os interesses dos seus munícipes, a tomar outro tipo de medidas que, ao que parece, porque não dão panache, nem notícias em telejornais, não motivaram qualquer atitude de Carlos Carreiras.
Eu posso explicar.
O edifício Cascais Atrium foi construído nos anos oitenta, numa época onde ainda não existia legislação ligada à segurança contra incêndios.
Hoje, aquele edifício, tal como foi projectado, nunca seria licenciado. Mas naquela altura, foi possível, e a sua concepção tem erros de palmatória no que respeita à segurança contra incêndios.
As passagens de cablagens entre pisos não estão seladas, os corredores têm os tectos forrados com madeira que entra para dentro dos apartamentos e o sistema de alarme contra incêndios parece não ter funcionado.
Nestas condições, a progressão de um incêndio é muito rápida e põe em causa a segurança e a vida das pessoas que ali habitam.
Um dos problemas relatados pelos bombeiros que estiveram no local foi que a primeira actividade que tiveram que desenvolver, antes de iniciarem o combate às chamas, foi proceder à evacuação dos residentes no edifício que, por ausência de alarme, não se aperceberam que havia um incêndio!
Como este, existem uma infinidade de outros edifícios em Cascais que sofrem dos mesmos problemas.
A lei vigente, obriga à existência de vistorias para estes edifícios mas estas vistorias devem ser realizadas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil que, obviamente, não tem recursos humanos para garantir esta obrigação.
Ora, se Carlos Carreiras, Presidente da Câmara de Cascais tivesse uma centelha do que é ser um Presidente de Câmara e do que significa o compromisso que tem com a população de Cascais, antes de criar qualquer gabinete, deveria ter tido a preocupação de perceber como é possível um edifício daquela envergadura não ter qualquer tipo de segurança contra incêndios, e deveria de imediato ter apelado ao governo para criar legislação que permita que as Câmaras possam assumir a responsabilidade de fiscalizar as condições de segurança em que vivem os seus munícipes.
Um Presidente de Câmara capaz, teria aproveitado para consciencializar o governo para a necessidade de garantir reais condições de segurança contra incêndio em todas as edificações do seu concelho e acima de tudo, condições adequadas par garantir a fiscalização dessas condições de segurança!
Mas Carlos Carreiras está muito interessado em comprar hospitais, autódromos e antigas instalações militares mas pouco interessado em zelar pela segurança dos seus munícipes!
Afinal, nem há assim tantos incêndios urbanos, para quê “inventar” um problema?
É este tipo de “Presidente” que queremos para a nossa Cascais?...


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