SE ASSIM FOSSE, VOTAVA EM CARLOS CARREIRAS…



Carlos Carreiras tem demonstrado que tem um plano muito bem delineado para ser o próximo Presidente de Câmara de Cascais. 

É um processo que foi pensado há anos, que paulatinamente tem vindo a ser implementado e que tem origem na sua fase menos feliz em termos profissionais quando foi despedido do grupo Sousa Cintra. 

Envolveu-se com a “máquina” de António Capucho e, pé ante pé, foi afastando do caminho tudo o que poderia a curto ou a médio prazo ser um potencial impedimento aos objectivos traçados. 

Em 2002 defendeu que um Presidente de Comissão Política Concelhia não poderia nunca ser candidato à Câmara porque eticamente punha em causa a relação entre Comissão Política Concelhia fiscalizadora da actividade da Câmara e o executivo camarário. 

Desta forma afastou das listas da Câmara o então Presidente da Concelhia Fernando Mesquita. 

Hoje, com a desfaçatez que se lhe conhece, é Presidente da Concelhia do PSD e candidato à Câmara de Cascais! 

Rodeou-se de um conjunto de jovens oriundos das lides da JSD na sua fase mais recente do “vale tudo para ficar por cima”. 

Miguel Luz foi quem apurou o processo de controlar a máquina de votos em que a JSD se tornou e teve um excelente seguidor em Nuno Piteira. Esta máquina foi capaz de ganhar eleições partidárias em Cascais mas foi determinante nas vitórias de Carreiras e de Luz na distrital do PSD! 

Em recentes eleições partidárias em que estive como delegado na mesa eleitoral em Cascais assisti a um jovem que só tinha o cartão de militante para votar e, quando perguntado qual o seu último apelido, não foi capaz de se lembrar… Sintomático!... 

Com o avançar deste projecto de poder, Carlos Carreiras manteve um núcleo mais ou menos restrito de seguidores jovens locais e foi afastando a quase totalidade dos militantes que estiveram na origem da candidatura de António Capucho. 

Como pagamento dos “milagres distritais” inundou a Câmara e as Empresas Municipais de profissionais do voto partidário de todas as secções do PSD do Distrito de Lisboa. 

Hoje, embora se intitule de candidatura Viva Cascais, não existe nada, nem mesmo de uma forma residual, do ADN da candidatura de António Capucho, nem nas práticas, nem nos conceitos e objectivos programáticos. 

As campanhas de Capucho eram focadas em Cascais, nas pessoas, nas suas necessidades e nos seus anseios. A governação de Capucho não se afastou um milímetro das suas promessas eleitorais! 

Carreiras reorientou tudo apenas com o objectivo final de detenção do poder em Cascais e tudo o mais, Cascais e as pessoas, passaram de principal a acessório! 

É triste mas é também muito perigoso! 

Os recursos da CMC têm sido utilizados de uma forma despudorada para construir a imagem de Carlos Carreiras, com uma gestão que trará uma factura enorme aos próximos executivos municipais. 

Atente-se num dos últimos exemplos: As Conferências do Estoril! 

Estas conferências terão custado 3 milhões de euros! Contaram com uma assistência de 250 convidados do Senhor Presidente Carlos Carreiras ou seja, tiveram um custo de 12.000 € por pessoa assistente! 

Mesmo que fossem todos munícipes de Cascais, o que deveriam pensar os outros 200.000 que não receberam convite? 

Terá Carlos Carreiras a intenção de tratar os outros munícipes de forma equitativa? Mas com que dinheiro? 

Para cada criança que nem uma refeição decente tem por dia, uns míseros 1825 € garantem essa refeição por um ano! 

A comparação destes dois valores diz tudo o que há para saber sobre a prática de Carreiras a gerir os recursos dos munícipes! 

Se o nível de exigência dos planos que Carreiras tem para Cascais e para os seus munícipes fossem do mesmo rigor com que planeou todo o marketing político com que pretende perpetuar-se no poder em Cascais, esta terra tinha futuro! 

Certamente estaria desenhado e aprovado um novo Plano Director Municipal, com ideias claras de desenvolvimento urbanístico, de desenvolvimento económico e desenvolvimento social dos habitantes de Cascais. Saberíamos já qual a estratégia para redinamizar a economia de Cascais, a criação de emprego, a fixação de riqueza, a valorização turística do território, na sua frente de mar de Cascais até Carcavelos e na sua relação com o Parque Natural. Existiria um plano de minimizar as assimetrias entre o litoral e o interior do concelho, o espaço público das Freguesias do interior estaria ao mesmo nível da preocupação e de investimento que as do litoral, nesta época de “vacas magras” estaria previsto um plano de sustentabilidade das associações e colectvidades do concelho que tão bom trabalho desenvolvem nas áreas da cultura, do desporto e do apoio social. Estava definida uma política ambiental sustentável, com um plano de resíduos assente na promoção do reaproveitamento e na reciclagem, e com a implementação de uma estratégia clara em políticas energéticas para o Concelho. Estaria ainda em curso um plano arrojado de dotar este concelho com uma rede viária estruturante, que não só permita uma correcta mobilidade dentro do concelho e nas ligações com os vizinhos e com Lisboa como também seja o suporte, o sinal de que as industrias, as actividades produtivas, podem regressar a Cascais porque o caos já era! 

Mas não é isso que se passa, não é isso que nos espera! 

Se Carreiras estivesse tão interessado no futuro de Cascais e dos seus munícipes como está com o seu futuro, eu era homem para apoiar e aconselhar o voto na Coligação Viva Cascais. 

Mas o que se passa na realidade é a demonstração clara de que o PSD enquanto Partido, em Cascais está subjugado aos interesses de Carlos Carreiras e a defesa de Cascais e das gentes que lá vivem e trabalham deixaram de ser prioridade. 

Os outros Partidos, uns mais e outros menos, não conseguem ajustar-se à prioridade que Cascais deveria sempre representar. Há sempre um conjunto maldito de outros interesses que se levantam com mais força e que deixam Cascais e os Cascalenses para segundo plano. 

Resta pois apoiar uma candidatura que seja independente, que esteja livre dos jogos e das obediências partidárias, cuja única preocupação seja Cascais e as suas gentes. 

Chegou a hora de mostrar aos Partidos que a palavra e a vontade têm que ser devolvidas aos representados! 

Chegou a hora de voltar a SER CASCAIS! 

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